Secretária do MMA defende regulamentação do Código Florestal
Por Suelene Gusmão, do MMA
As propostas dos estados brasileiros de alteração do Código Florestal foram debatidas nesta quinta-feira (13/8), no I Congresso da Abema, em São Paulo. Maria Cecília Wey de Brito, secretária de Biodiversidade e Florestas do MMA, afirmou aos participantes que o MMA tem buscado de várias maneiras e em fóruns discutir abertamente os "pontos nevrálgicos" contidos no código. Segundo ela, o Código Florestal é uma normativa federal necessária que pode atender às leis estaduais.O painel que debateu o Código Florestal contou com representantes das secretarias de Meio Ambiente do Mato Grosso e de Santa Catarina e também com a participação do Green Peace. O tom dos debates ficou em torno de questões envolvendo as competências da União, dos estados e dos municípios e a descentralização das políticas de meio ambiente.
Representando o Ministério do Meio Ambiente, Maria Cecília lembrou que o Código Florestal, quando foi construído, na década de 30, e reformado, nos anos 60, não tinha na sua essência a pretensão de discutir assuntos, por exemplo, como a biodiversidade, nem a questão dos biomas. Segundo ela, o que se pretendeu à época era fazer o possível para que a agricultura fosse sustentável. "A própria lógica do Código é a da conservação do ambiente", disse. A secretária defendeu que o necessário neste momento é sua regulamentação.A secretária de Biodiversidade e Florestas disse não ser verdadeira, por exemplo, a informação garantindo que as restrições contidas na legislação significam uma menor produção de alimento. Ela informou que o MMA fez uma pesquisa de campo e os resultados desmistificaram a afirmação. Para exemplificar, ela disse que atualmente no Brasil apenas17% do território são de áreas protegidas e 12% de terras indígenas e que muitas vezes elas se sobrepõem."Estamos procurando construir o melhor Código Florestal do País", disse. Para ela, é uma falácia a informação de que meio ambiente e desenvolvimento são incompatíveis. Para exemplificar a situação, Maria Cecília citou o caso da agricultura familiar, responsável por cerca de 90% da produção de alimentos no País.
Envolverde (www.envolverde.com.br)
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