segunda-feira, 25 de abril de 2011

Ultramaratonista dá a volta no Brasil para ajudar crianças com câncer

Ultramaratonista dá a volta no Brasil para ajudar crianças com câncer


Participar de uma maratona não é tarefa fácil. Afinal, são 42 195 metros de distância. Agora, imagine então correr uma ultramaratona, ou melhor, dar a volta no Brasil? Pois é. Muitos poderiam pensar em loucura, devaneio ou algo do tipo. Não é o que julga Carlos Roberto Lima Dias.

Aos 38 anos, o ultramaratonista topou o desafio. Por uma causa nobre. Carlão, como é mais conhecido, corre pelo projeto “Passos Solidários”, que arrecada fundos para o Hospital do Graacc – Grupo de Apoio ao Adolescente e à Criança com Câncer. A fórmula é simples: por meio de seu blog (www.carlosdiasultra.com.br), além de contar o seu dia a dia, Carlos coloca à venda cada quilômetro percorrido ao preço de R$ 2.

Nesses 7 meses foram vendidos 1.224 km.

“É pouco ainda. Quero ajudar mais essas crianças e não viso recorde pessoal,medalha nada disso”, ressalta. O ponto de partida aconteceu em 24 de setembro de 2010, no Pavilhão de Exposição do Anhembi (São Paulo), onde aconteceu a Adventure Sports Fair. Até agora, o paulista de São Bernardo dos Campo, percorreu 10349 quilômetros (dos 18.250 km) em 200 dias, passando por 20 estados brasileiros. Há ocasiões, que ando 18 horas seguidas. É muito complicado, já que ando sozinho ”, destaca Carlos, que, em média, percorre 50 quilômetros diariamente. O fim do desafio está previsto para o dia 13 de agosto, em São Paulo.

No início da jornada, Carlos contou com a companhia de dois amigos: o ciclista mineiro Alisson Miranda e o maratonista paulista Robson Neves. “Mas como só consegui duas cotas de patrocínio (Crocs – que lhe fornece os pares de tênis e a Tegma Gestão Logística), eles tiveram que desistir”, explica.

Sozinho, Carlos confessa que, em certos momentos, a solidão é enorme. Só não desiste por conta das crianças,seu filho Vinícius e da lembrança dos pais, Neli Lima e Joaquim José, ambos nascidos em Itambé, interior baiano. “Minha mãe morreu um mês antes da largada. Faxineira, não sabia ler e escrever até os 50 anos. Mesmo assim nos criou [ele e as duas irmãs]. Antes de partir, pediu que ajudasse aos mais necessitados. Isso que eu faço”.

Agora Carlos Dias corre pelo litoral sul da Bahia rumo a Vitória ES.

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